Além um dicionário sobre técnicos de cinema – desta maneira ele encerraria, com o volume, a série com a filmografia nacional. “É muito difícil, pois não se valorizam os técnicos. Só querem saber de diretor e ator”, disse. O outro é um guia de episódios sobre duas séries históricas da TV brasileira criadas por Ary Fernandes: O Vigilante Rodoviário e Águias de Fogo, ambas produzidas pela Tupi nos anos 1960.
Um mundo de curiosidades sobre o intérprete do Jeca Tatu é o mais recente trabalho do pesquisador e cineclubista paulistano Antonio Leão da Silva Neto, que fez uma intensa investigação sobre Amácio Mazzaropi (1912-1981). A enciclopédia traz, por exemplo, as 46 canções que Mazzaropi cantou em seus filmes – além daquelas interpretadas por seus convidados. Estão citados diretores, atores e fotógrafos, bem como câmeras, desenhistas e eletricistas que trabalharam em seus 32 filmes. Há também citações a lugares que Mazza frequentou e até mesmo os animais que participaram de suas produções.
Duque (1947-1965), um pastor-alemão gaúcho, foi contratado pela Vera Cruz nos anos 1950. Ficou famoso (seu cachê foi maior do que vários atores da época) como Coroné, o companheiro de Mazzaropi no filme Sai da frente (1952). Após a morte do cachorro, aos 18 anos, seu dono ainda continuou investindo em cinema – criou Duque 1, 2 e por aí vai.
ENCICLOPÉDIA MAZZAROPI DE CINEMA
>> De Antônio Leão da Silva Neto
>> Edição do autor
>> 312 páginas
>> R$ 50
>> À venda pelo e-mail leao.n@terra.com.br